Inimigos da inteligência emocional

Nem sempre os nossos relacionamentos vão bem.

Por questões ligadas ao nosso comportamento ou ao comportamento das outras pessoas, acaba sendo comum o afastamento entre pais e filhos, marido e mulher, entre amigos e até colegas nos ambientes de trabalho. Só que isso tudo tem a ver com a nossa inteligência emocional, e é preciso saber quais são os grandes inimigos dela, para não colocar em risco os nossos preciosos relacionamentos.

Um dos inimigos da inteligência emocional se chama impaciência. Vivo em aeroportos e hotéis, sei bem o que estou dizendo: as pessoas, nos dias de hoje, não conseguem nem sequer esperar a aeronave taxiar. Está escrito em todos os lugares, os comissários orientam e muitas vezes o piloto ameaça não pousar enquanto todos não estiverem com os cintos afivelados. Ainda assim, eu vejo os apressados em pé, dentro do avião. Essa impaciência joga contra a inteligência emocional, pois a ansiedade da pressa estimula pensamentos pouco práticos e racionais.

Intolerância é outra inimiga da inteligência emocional. Voltamos ao avião: o intolerante que já se encontra em pé no momento errado, antes da decolagem, certamente não aceitará ser orientado e ainda é perigoso desrespeitar a pessoa que pedir gentilmente para ele se sentar. Os intolerantes não aceitam orientação, por isso são despreparados emocionalmente e geralmente vivem em pé de guerra, com muitos entraves na vida, não sabem agir com inteligência emocional.

Insatisfação também é antônimo de inteligência emocional. Quantas vezes você já se deparou com alguém que reclama muito da vida, mesmo tendo carro novo na garagem, lugar bom para morar e até condições de passar o fim de semana descansando e aproveitando momentos de lazer, entretenimento e gastronomia? Pois é: o insatisfeito peca emocionalmente por desmerecer aquilo que já conquistou e muitas vezes prefere trocar este mesmo fim de semana em família para tentar ganhar mais dinheiro e se tornar escravo de coisas e cifras na conta bancária.

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Uma pessoa inteligente emocionalmente geralmente não é ansiosa. A ansiedade faz a pessoa pensar demais no futuro, esquecendo-se do presente. O ansioso nem espera o outro falar, opta por respostas duras, pois está com a cabeça no futuro, na ansiedade do amanhã, na indefinição da nebulosidade que se traduz aquilo que ainda não foi visto nem vivido por ninguém. A pandemia de covid-19 é uma prova concreta de que ficar ansioso pensando no futuro pode ser uma tarefa fadada ao fracasso total. Ou alguém aí imaginou em anos anteriores tudo o que passamos entre 2020 e 2021?

A autodefesa também pode agir contra a inteligência emocional. A pessoa que vive em total desconfiança costuma não aproveitar um bom conselho de alguém do bem porque suspeitará daquilo que foi dito. A autodefesa costuma render reações negativas contra alguém que só queria ajudar, e isso é péssimo para o relacionamento, tende ao afastamento, à quebra de confiança e, aos poucos, a um isolamento muito prejudicial.

Evite esse tipo de comportamento e invista mais nas relações que estimulem, cada dia mais, a sua própria inteligência emocional.

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