Levando em consideração a premissa de que ninguém está aqui vivendo de passagem, eu posso afirmar sem medo de errar: eu, você, todos nós, temos algum tipo de talento. Só que é preciso descobri-lo e praticá-lo. A etimologia da palavra talvez possa nos ajudar nesta tarefa: do grego “taletum”, talento nada mais é do que inclinação, desejo de fazer, de conquistar. À luta, então!

Comento sempre o seguinte: nāo posso acreditar que Deus, em sua infinita sabedoria, em sua inteligência, em toda sua capacidade, colocaria alguém na Terra para nāo ter talento nenhum, para ser alguém que nāo produza nada, que nāo tenha sucesso, que seja um fracasso. Todos nós temos talentos, eu tenho os meus, você tem os seus, são talentos que nos fazem inclinarmos para algo que a gente sabe fazer bem. Talento este que nos dá o desejo de conquistar e vai também somar com aquilo que a gente tem de melhor pra fazer com que o dinheiro chegue até a gente, para que a gente viva melhor e viva mais feliz.

Por que não colocar o talento em prática? Talvez eu saiba a resposta desta pergunta principalmente porque atuei alguns anos como gestor de RH e tive a oportunidade de conhecer pessoas extremamente talentosas, mas com dificuldade para colocar todo esse potencial em prática.

Todas as vezes em que íamos contratar alguém, recebíamos a pessoa na empresa e dizíamos: “olha, durante o processo seletivo, nós encontramos alguns gaps na sua vida e no seu talento faltante, ou seja você tem talento de sobra, mas tem um aqui que falta.” Com esse feedback, ficávamos “uma vida” trabalhando os gaps desta pessoa, só que a pessoa tinha outros talentos, verdadeiros dons naturais, os quais acabávamos não aproveitando.

Por que, então, este nosso talento não roda? Porque, muitas vezes em nossa vida, a gente fica mais preocupado com o que a gente não sabe do que com o que a gente realmente sabe. Por muito tempo na vida, nós pensamos o seguinte: “você não é bom”. E isso é um erro! Sei que vale a pena a gente pensar no que pode ser melhorado. Agora, em vez de trabalhar “200%” para tentar melhorar no que eu sou ruim, por que não trabalhar naquilo que eu sou bom, e assim potencializar esse meu talento?

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O talento flui naturalmente, desde que detectado na pessoa, e isso evita tantos esforços desdobrados de repente em um gap o qual não nos levará a resultados satisfatórios em curto e até médio prazo. Mais preocupante do que isso é o fato de que, talvez, essa atitude errônea acabe fazendo com que o grande talento dela nunca seja colocado em prática, infelizmente.

Sendo assim, vamos às dicas: cuide sim do gap, mas saiba que se trata apenas da distância que há para se chegar na competência em determinado ponto. Avalie se esta estrada é muito longa, preferindo focar esforços e pensamento positivo naquilo em que você realmente se considera bom, em seu dom natural. Depois disso, é hora de praticar.

Algumas dicas pontuais: pare de ficar falando que não tem talento algum, este é o primeiro passo. Alinhe seu talento com o seu comportamento, pois não adianta ser bom e arrogante, isso tende a isolá-lo em qualquer universo corporativo, as pessoas se distanciam. Por fim, tenha atitude, pois talento sem atitude não significa absolutamente nada: imagine uma pessoa talentosa, que sabe fazer um bolo de aniversário perfeito, mas que nunca fez qualquer esforço para conseguir vender aquela sobremesa. Trata-se de alguém talentoso e que, infelizmente, enterrou a sua competência porque não teve atitude.

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2 respostas
  1. Welza
    Welza says:

    Show! Me encantei com o tema em 2011 ao ler o livro Descubra seus pontos fortes, dos pesquisadores do Instituto Gallup. É realmente impressionante como muitas empresas ainda gastam tempo e dinheiro tentando desenvolver as pessoas no caminho contrário em relação aos seus talentos.

    Responder

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