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Você sabe dar um bom feedback?

Feedback é a arte de oferecer ao outro a possibilidade de mudar algo no qual não está se saindo bem e pode melhorar ou de incentivar uma habilidade com verdadeiro potencial. Por isso, o feedback é necessário não só na relação entre líder e liderado, mas também entre pai e filho, esposo e esposa, e melhores amigos. É uma forma de demonstrar, na prática, que você se importa com essa relação e deseja construir uma troca saudável.

Para fazer uma crítica construtiva, uma dose de cuidado é imprescindível. Se dar feedback não é fácil, pior é fazê-lo sem preparo e causar um transtorno. Basicamente, o bom feedback impulsiona o desenvolvimento humano, já aquele sem um propósito claro deixa o outro confuso, sem saber para onde ir. Por isso, antes de tudo, você precisa criar uma estratégia para o seu feedback gerar o resultado esperado.

Vou revelar agora seis características de um feedback bem-sucedido:

1) Descreva a atitude da pessoa. Ao dizer “essa atitude” ou “esse comportamento”, você está se referindo ao comportamento e não a pessoa em si. A pessoa é péssima sempre? Não, foi naquela circunstância. Então, entenda, feedback bom é descritivo, refere-se a atitude daquele momento e não da pessoa.

2) Seja específico. Quando ocorreu a atitude imprópria? Em uma reunião, numa conversa de bastidores, num planejamento, num passeio? Informe detalhes de onde e como aconteceu para a pessoa lembrar e fazer a própria reflexão sobre o que precisa melhorar ou potencializar ainda mais. Se você for descritivo, falará da atitude, e depois, será específico sobre o significado daquela atitude dentro do contexto.

3) Faça um discurso compatível. O seu objetivo é sugerir um caminho para a evolução, então pense se o seu feedback vai verdadeiramente ajudar ou vai causar confusão e tensão. Não é compatível quando a pessoa não sabe o que fazer com aquela informação.

4) Seja claro e verídico. Acompanhe o seu liderado, observe-o atentamente e anote o que merece ser incluído no feedback. Não utilize informações imprecisas ou transmitidas por outras pessoas. Você precisa saber quais são os pontos de melhorias.

5) Seja oportuno. Saiba escolher o momento e o lugar certo. Não dá para simplesmente aproveitar a pausa para o café para dar feedback. Prepare-se para este momento, reserve tempo na sua agenda, desligue o seu celular, e certifique-se de que o outro está pronto para receber. Pode acontecer de a pessoa não estar bem naquele dia. Inclusive, vale a pena perguntar: está pronto para receber o seu feedback?

6) Ofereça ajuda. Após o término do feedback, muitas vezes, ofereço uma folha de sulfite e pergunto: o que você precisa melhorar? E a pessoa mesmo anota. Em seguida, pergunto: você vai melhorar isso quando? Como vou descobrir que você está melhorando? Posso te apoiar em alguma coisa? Quando a pessoa anota e se compromete, descobre o potencial que tem para mudar. Mas sempre ofereço apoio durante o processo.

Para receber o feedback também precisamos de preparo.

Se é difícil dar feedback, também é difícil receber. O feedback pode ser descritivo, específico, compatível, claro, oportuno, oferecer apoio, mas a pessoa que recebe se posiciona assim “sou bom no que faço, nem sei porque eu estou ouvindo isso”, ou então, “sei que eu sou uma lástima mesmo, não vou mudar”. Ambas as partes precisam estar preparadas. Se você não estiver, comunique e peça para conversar em outro momento.

Quando receber um feedback, não interrompa, não justifique, apenas ouça, deixe a pessoa terminar o raciocínio dela. No final, se tiver alguma dúvida, pergunte. Ouça atentamente e só depois tire suas conclusões. Se não tiver utilidade nenhuma, pelo menos você aprendeu como não dar um feedback.

Não dá para melhorar se a gente não acreditar que pode se desenvolver e crescer. Aprender a dar e receber feedback é uma habilidade que pode ser desenvolvida e é essencial para manter relações saudáveis e duradouras.

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